Atualizado em 22 de fevereiro de 2024

EQUIPA DE ENSINO INTEGRADO DO PORTO

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As primeiras experiências de integração em Portugal começaram nos finais dos anos 60, do século XX, em Lisboa e no Porto, em Escolas Secundárias, com alunos com deficiência visual.
Mais tarde, viriam a ser estendidas aos alunos surdos (então designados por deficientes auditivos).
Essas experiências pontuais tiveram uma maior dimensão com a criação, em 1973, das Equipas de Ensino Integrado (EEI), no âmbito das Divisões do Ensino Especial (DEE), da Direção Geral do Ensino Básico (DGEB) e da Direção Geral do Ensino Secundário (DGES) do Ministério da Educação.
A criação destas Equipas foi proposta por Ana Maria Bénard da Costa (na foto), então responsável da DEE.

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No caso do Porto, a Equipa de Ensino Integrado funcionava na Rua da Constituição, nº 617 (ver foto), partilhando, numa fase inicial, as instalações com o Centro de Educação Especial do Porto.
A EEI estava organizada por áreas de deficiência (auditiva, visual, motora e mental). Cada área tinha um responsável local que articulava com a responsável de área a nível regional e esta com a coordenadora nacional da área de deficiência. Para além disso havia uma coordenação local, essencialmente administrativa, da EEI.

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Os primeiros docentes de educação especial da EEI foram recrutados entre aqueles que já desempenhavam algumas destas funções em escolas especiais e outros que viriam a fazer um curso de especialização específico.
Até 1986 só existia, em Portugal, um curso reconhecido de formação para docentes de educação especial, que funcionava no Instituto António Aurélio da Costa Ferreira (IAACF) (ver foto) em Lisboa, com a duração de 3 anos letivos, em regime intensivo. Daí que houvesse muitos docentes não especializados a trabalhar nas EEI.
Progressivamente essa situação desapareceu com o aumento de cursos de especialização aquando da criação das Escolas Superiores de Educação.

As Equipas de Ensino Integrado (EEI) viriam a transformar-se em Equipas de Educação Especial (EEE), de natureza mais concelhia e desaparecendo a organização por áreas ("dessetorização"). No caso da cidade do Porto viriam a ser criadas, inicialmente 4 EEE designadas de Porto A, Porto B, Porto C e Porto D. Em todas elas existia apoio a alunos com surdez.